A VOZ DE DEUS




A mulher chorava discretamente em seu quarto, sentada à cama. O pai havia morrido a nove dias e agora o corpo da mãe era velado na sala.
O pequeno sobrinho aproximou-se dela e com suas mãozinhas delicadas acariciou-lhe os cabelos. Então lhe disse, coma voz ternamente infantil, porém com uma firmeza que ela jamais havia percebido:
- Chora não, titia! O vovô era tão amigo, tão amigo, tão amigo da vovó que não podia ficar sem ela no céu.
A mulher, abraçando e beijando o sobrinho, sentiu no mesmo instante o coração apaziguado por Deus.

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