SOLIDÃO

Passou a vida tendo por única e fiel companheira a solidão.
De tempos em tempos, ia a sórdidos locais à procura de um fugaz prazer. Mas com uma pessoa passou a encontrar-se constantemente.
Jamais se falavam; apenas se olhavam e se tocavam, com um prazer cada vez mais intenso.
Um dia, ouviu da outra: “Eu te amo!”
Ante a revelação, saiu e não mais tornou a vê-la.
Não poderia retribuir o amor, a não ser àquela a quem dera seu coração por toda a vida.

Nenhum comentário: